A constipação é a queixa gastrointestinal mais comum na população geral. Estudos de base populacional indicam prevalência de até 26,9%. A prevalência em população acamada provavelmente é maior ainda, considerando-se o fato de que esta população constantemente é acometida por múltiplas comorbidades que podem contribuir na gênese do sintoma.
É um problema mais comum em mulheres, em pessoas não brancas, com mais de 60 anos, com baixo nível socioeducacional e sem a prática de atividades físicas.
A causa mais comum é a constipação funcional primária, na qual não existe uma doença ou medicamento responsável por provocar o sintoma.
A constipação é definida como uma dificuldade para a evacuação, independente de uma regra para a consistência ou frequência de defecações. O diagnóstico é impreciso. A frequência evacuatória e a consistência das fezes geralmente são critérios para definir constipação, porém não conferem necessariamente reduzir a qualidade de vida.
Como avaliar?
Uma anamnese criteriosa é essencial para o reconhecimento da constipação.
Na história clínica é importante tentar estabelecer o que realmente a pessoa considera como constipação.
É válido também tentar entender quais são as expectativas da pessoa quanto a um hábito intestinal normal.