Nome: Agripino Pantoja
Idade: 54 anos
Profissão: padeiro
Estado civil: casado
Naturalidade: Serra Talhada/PE
Há registro de diversas chamadas à equipe do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) por intercorrências com a sonda enteral, como obstrução, retirada da sonda e episódios de diarreia. Diante disso, a equipe revisou com a cuidadora como estavam sendo realizados os cuidados com a sonda.
Senhor Agripino, 54 anos, com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC) há 3 meses, hipertenso, diabético em uso de insulina NPH, acamado, com disartria, hemiparesia à direita, recebe nutrição por sonda enteral, sem condições de deglutição na avaliação da fonoaudióloga, eliminações em fraldas, úlceras por pressão na região sacra e nos dois calcâneos.
A dieta industrializada é fornecida pelo SAD, assim como os frascos e equipos, sendo as dietas acondicionadas no chão da área de serviço da residência, alegando que não havia insetos ou roedores no local. Frascos e equipos usados são lavados com água e sabão e guardados em pote plástico, sem tampa, até serem reutilizados.
A cabeceira da cama é elevada quando o paciente recebe a dieta, mas é baixada tão logo acabe a nutrição. Não há interrupção da administração da dieta quando outros cuidados são realizados, como a troca de fraldas. O litro de dieta após aberto é mantido sob refrigeração e as porções são aquecidas antes do paciente recebê-las. A limpeza do lúmen da sonda é realizada com seringa de 20 ml de água após administração dos medicamentos diluídos.
Reside com a esposa em imóvel alugado e a renda da família é a aposentadoria do paciente (salário mínimo). A casa possui saneamento básico, mas as condições de higiene são deficitárias. Tiveram uma filha que mora distante e raramente os visita, devido a conflitos familiares gerados pela dependência ao álcool do paciente, sendo a esposa a única cuidadora.