Maus-tratos e violência contra pessoas idosas e a ESF

A atual Política Nacional de Atenção Básica descreve que a realização do cuidado em saúde da população idosa de área adscrita à ESF se dá no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários, bem como a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações proporciona atendimento humanizado e viabiliza o estabelecimento do vínculo (OLIVEIRA; MENEZES, 2011).

  • Neste contexto, a dificuldade de rastreamento faz com que os integrantes da equipe da ESF necessitem aprimorar a avaliação do idoso, com o intuito de reduzir as situações de violência intrafamiliar.

  • É preciso considerar que a manifestação da violência está intimamente ligada à questão cultural, e, nesse sentido, o destrato da família para com o idoso pode ocorrer de diferentes maneiras.

  • Dessa forma, a assistência domiciliar propicia conhecer a família e investigar possíveis fatores de risco que podem afetar a saúde do idoso, além de oferecer suporte assistencial às suas necessidades humanas e sociais (SHIMBO; LABRONICI; MANTOVANI, 2011).

  • A confirmação de casos de violência contra o idoso por parte da família requer a criação de espaços de discussão e comunicação dos participantes do processo, de forma a possibilitar o enfrentamento da situação e auxiliar o idoso e o cuidador a lidarem com o problema (SHIMBO; LABRONICI; MANTOVANI, 2011).

É importante destacar que há também os casos de maus-tratos em asilos e entidades afins. Ao enfrentar esse tipo de situação, o idoso sente-se desamparado, sem ter meios para se defender ou alguém para defendê-lo. Nesse caso, a orientação é para que a vítima procure as promotorias e as delegacias especializadas no atendimento ao idoso (MACHADO et al., 2012).