Os pacientes tendem a negar o fato de um mal que não tenha nenhuma perspectiva de tratamento e cura, fugindo do fato de que somos todos terminais e finitos.
Elizabeth Kübler-Ross foi uma médica que desenvolveu grandes trabalhos nos anos de 1960 envolvendo pacientes em estágio de doença avançado. Seu trabalho foi um dos pioneiros a se propor a estudar a temática da morte em sua época e sua teoria dos cinco estágios do morrer é amplamente conhecida na atualidade (LIMA-NETO, 2012).
Em seu trabalho com pacientes gravemente doentes, Kübler-Ross identificou mudanças no modo como os pacientes se sentiam, agiam e pensavam ao longo do processo de elaboração de seu próprio luto. Diante disso, a autora teorizou cinco estágios que foram generalizados para toda e qualquer experiência de perda ou de luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (LIMA-NETO, 2012).
Compreenda como funcionam esses estágios clicando nas imagens abaixo:
Negação
Os pacientes tendem a negar o fato de um mal que não tenha nenhuma perspectiva de tratamento e cura, fugindo do fato de que somos todos terminais e finitos.
Raiva
O paciente diante de uma catástrofe passa para um estágio de ressentimento, raiva e até inveja; sentimentos que representam, na verdade, uma grande dor, que se expressa na forma de agressão ao outro. É um estágio que já sinaliza um passo para a aceitação, uma vez que o enfermo passa a encarar a morte, mesmo com dificuldade, em vez de tentar fugir dela, negando-a, como no estágio anterior.
Barganha
É o terceiro momento no qual o paciente que já negou e, posteriormente, expressou todo seu pesar através da raiva, vê-se completamente sem domínio da situação, e na impossibilidade de agir, volta-se para o absoluto, para o sagrado, para Deus com o intuito de negociar alguma melhora por meio de promessas, trocas, pactos etc.
Depressão
É o penúltimo estágio para se chegar à aceitação. Não é uma melancolia no sentido psicopatológico, como se costuma entender em psicologia ou em psiquiatria, mas um momento de preparação, ligado a perdas futuras de pessoas, objetos, projetos e valores amados e que serve como facilitadora para a aceitação da morte.
Aceitação
É quando o enfermo compreende seu estado de finitude diante da morte iminente e busca deixar os laços que o prendem à vida sem recorrer mais ao uso de defesas psíquicas. Na verdade é quase como uma apatia de sentimentos, um momento de despedida e tentativa de fechamento de questões ainda em aberto.