Morte na velhice

É na velhice que a morte se apresenta em estado bruto, como uma ameaça objetiva da morte pessoal, radicalizando a consciência da finitude que coroou os tempos de maturidade (PY; PACHECO; OLIVEIRA, 2009). A morte está intensamente presente nas transformações que o envelhecimento impõe ao homem. Essa presença se dá no real, mas também na esfera simbólica.

O objeto perdido na velhice, no tocante às perdas orgânicas, pode ser, por exemplo, a acuidade visual e auditiva, o vigor físico, a beleza juvenil, a memória, a elasticidade e a potência sexual.

Ainda, a mudança de papel e status na vida em família e a perda do par amoroso e de amigos podem desencadear o processo de luto nessa fase do desenvolvimento do homem (COCENTINO; VIANA, 2011).

Assim, a aproximação da morte é um grande desafio para o paciente idoso. Não raro, abalam-se as suas crenças, vulnera-se o sentido da sua vida. Para lidar com o que parece insuportável, o paciente revela a verdade que ilumina a existência dos seres humanos: ‘precisamos uns dos outros’ (PY; PACHECO; OLIVEIRA, 2009).