A Terminalidade

Nas últimas décadas houve importantes avanços científicos e tecnológicos que contribuíram para a área da saúde desenvolver-se de forma inigualável. Atualmente, os métodos diagnósticos e terapêuticos disponíveis para várias doenças são surpreendentes.

Com efeito, têm-se disponíveis, por exemplo, unidades de terapia intensiva (UTI) equipadas com sofisticados recursos que permitem qualificar, quantificar e controlar diferentes tipos de fenômenos biológicos (CHIBA; SOUZA, 2010).

Neste contexto, o processo de morrer e morte tem se tornado mais institucionalizado, solitário e mecânico, visto que o medo de morrer ou de perder um ente querido nos leva a procurar os mais variados artifícios a fim de prolongar a vida.

Esses artifícios, em algumas situações, configuram-se em procedimentos desumanos, descaracterizando totalmente a humanização dessa etapa da vida (NIETSCHE et al., 2013). É a denominada morte “medicalizada”.