Como esta paciente apresenta hematócrito normal e não apresenta sinais de alarme, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, ela pode ser receber hidratação oral como recomendado para pacientes do grupo A (60 ml/kg/dia), sendo 1/3 com soro de reidratação oral e no início com volume maior. Para os 2/3 restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.). Entretanto, diferentemente dos pacientes do grupo A, casos classificados como grupo B devem ser reavaliados diariamente. Cabe ressaltar que apesar da paciente apresentar plaquetopenia, esta alteração de maneira isolada não indica necessidade de internação.
Dengue: Casos Clínicos para Atualização do Manejo
Caso Gisele
Tomada de decisão
Consulte o Fluxograma de Risco antes da tomada de decisão Ficha do Paciente3) Assinale a conduta mais adequada a partir da análise do hemograma.
Orientar hidratação oral domiciliar com cerca de 4,5 litros de líquido por dia, com reavaliação clínica diária.
Encaminhar para admissão em leito de internação e início de hidratação parenteral (750 ml/h nas primeiras 2 horas) associada à transfusão de plaquetas.
Encaminhar para admissão em leito de internação e início de hidratação parenteral (750 ml/h nas primeiras 2 horas).
Atenção!
A despeito da presença de plaquetopenia, como esta paciente apresenta hematócrito normal, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde ela pode receber hidratação oral como recomendado para pacientes do grupo A, devendo, no entanto, ser reavaliada diariamente pelo fato de apresentar a prova do laço positiva. A internação nesta situação pode causar sobrecarga desnecessária do serviço de saúde e tanto a via de hidratação inadequada quanto a transfusão de hemoderivados sem indicação clínica correta pode resultar em desfecho desfavorável.
Atenção!
A despeito da presença de plaquetopenia, como esta paciente apresenta hematócrito normal, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde ela pode ser receber hidratação oral como recomendado para pacientes do grupo A, devendo, no entanto, ser reavaliada diariamente pelo fato de apresentar a prova do laço positiva. A internação desnecessária pode causar sobrecarga dos serviços e a via de hidratação inadequada pode resultar em desfecho desfavorável.
Sinais de alarme
a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
b) Vômitos persistentes.
c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
d) Hipotensão postural e/ou lipotimia.
e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
f) Sangramento de mucosa.
g) Letargia e/ou irritabilidade.
h) Aumento progressivo do hematócrito.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. p. 8.
Ficha da Gisele
Peso - 75kg
PA - 110 x 80 mmHg (sentada) / 110 x 80 (posição ortostática - em pé). Prova do laço: positiva
Abdômen - Abdômem normotenso, indolor. Peristaltismo preservado. Ausência de visceromegalias.
Tax - 38,5°C (havia usado dipirona cerca de uma hora antes da avaliação)
AC - Bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopros. Ritmo cardíaco regular em dois tempos. FC: 110 bpm. Taquicárdica.
Estado geral - Orientada, alerta, hidratada no limiar, corada, estado geral regular.
Ficha da Gisele
Peso - 75kg
PA - 110 x 80 mmHg (sentada) / 110 x 80 (posição ortostática - em pé).
Prova do laço: positiva
Abdômen - Abdômem normotenso, indolor. Peristaltismo preservado. Ausência de visceromegalias.
Tax - 38,5°C (havia usado dipirona cerca de uma hora antes da avaliação)
AC - Bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopros. Ritmo cardíaco regular em dois tempos.
FC: 110 bpm. Taquicárdica.
Estado geral - Orientada, alerta, hidratada no limiar, corada, estado geral regular.