Como a paciente apresentou uma estabilização do hematócrito e melhora clínica após a fase de expansão, deve passar para a fase de manutenção, com um volume de hidratação menor (25 ml/kg em 6 horas). Deve-se permanecer atento ao diagnóstico diferencial com DHEG e síndrome HELLP.
Dengue: Casos Clínicos para Atualização do Manejo
Caso Laura
Tomada de decisão
Consulte o Fluxograma de Risco antes da tomada de decisão Ficha do Paciente4) Considerando os resultados dos exames mais recentes, qual a melhor conduta após a fase de expansão da hidratação venosa?
Reduzir o volume de hidratação para 1.750 ml administrados ao longo das seis horas subsequentes.
Manter hidratação parenteral com soro fisiológico (NaCl 0,9%) 700ml/h por 12 horas.
Iniciar hidratação oral, calculando um volume de 4,2 litros / dia e suspender hidratação parenteral.
Atenção!
O volume de hidratação precisa ser adequado após duas horas (fase de expansão). Se o volume não for ajustado na paciente em questão, esta pode ser hiper-hidratada e apresentar sinais de congestão.
Atenção!
Após a fase de expansão, caso haja boa resposta clínica e laboratorial, deve-se proceder à fase de manutenção, ainda por via parenteral. A mudança muito precoce para a via oral pode resultar em uma hidratação insuficiente para uma boa resposta clínica.
Ficha da Laura
Peso - 70kg
PA - 150 x 90 mmHg (sentada) / 140 x 90 (posição ortostática - em pé).
Prova do laço: negativa.
Tax - 38°C.
Abdômen - Abdômen gravídico, normotenso, dor à palpação do hipocôndrio direito. Peristaltismo preservado.
Abdômen - Vitalidade fetal: Batimentos cardíacos fetais presentes.
AR - Murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. Eupneica.
AC - Bulhas cardíacas normofonéticas, RCR em dois tempos, sem sopros.
FC: 100 bpm.
Estado geral - Orientada, alerta, anictérica, hidratada no limiar, corada. Estado geral regular.