Síndromes hemorrágicas da 1ª metade da gestação

Doença trofoblástica

Caracteriza-se pela degeneração trofoblástica ocorrida após uma gestação, tópica ou ectópica, podendo apresentar-se como mola hidatiforme, corioadenoma destruens e coriocarcinoma. Clique nas imagens abaixo para saber mais sobre esta doença:

Clínica

Pode ocorrer sangramento indolor e de intensidade progressiva, às vezes com eliminação de vesículas com aspecto de “cachos de uva” (sinal patognomônico);

Atenção: A exacerbação dos sintomas de gravidez, às vezes com presença de náuseas e vômitos de difícil controle (A presença de hiperêmese é mais frequente, podendo levar a mulher a estados de desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos, pré-eclâmpsia, tireotoxicose), também pode sinalizar a suspeita de mola hidatiforme. A doença trofoblástica pode vir com hipertensão gestacional precoce, sangramento volumoso e até choque.

Exame físico

Nota-se: tamanho uterino maior do que esperado para a idade gestacional, colo e útero amolecidos e aumento do volume ovariano devido à presença de cistos tecaluteínicos. Não há presença de batimentos cardíacos ou outras evidências de embrião (nas formas completas);

Diagnóstico

βHCG em níveis elevados para idade gestacional. A ultrassonografia é o método mais preciso para diferenciar gestação normal da prenhez molar. As imagens são típicas de mola, anecoicas, no interior do útero, em “flocos de neve”. Em cerca de 40% são visualizados à ultrassonografia cistos tecaluteínicos.

Conduta

Encaminhar ao hospital ou centro de referência para esvaziamento e seguimento pós molar. Todas as gestantes com mola hidatiforme devem ter acompanhamento clínico e laboratorial visando à detecção precoce de recorrência, assim como a evolução para formas malignas da neoplasia trofoblástica gestacional.

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