Avaliação da cognição

A cognição é um conjunto de capacidades mentais que permitem ao indivíduo compreender e resolver os problemas do cotidiano (MORAES, 2012). Clique nos botões abaixo.

A função cognitiva da pessoa idosa deve ser sempre analisada durante a avaliação clínica. Alguns parâmetros que podem ser utilizados são a memória recente e a habilidade de cálculo, lembrando que o nível de escolaridade pode interferir em alguns desses parâmetros, devendo sempre adequá-los à realidade do paciente.

A avaliação cognitiva inicial pode ser bastante simples, rápida e de baixo custo. Sugere-se que seja executado o teste rápido: diga três palavras à pessoa idosa e peça que as repita em três minutos. Caso não consiga repetir, é necessário aprofundar a investigação. As palavras devem ser de conhecimento do paciente, parte de seu dia a dia, para evitar viés, como “casa” e “maçã”, por exemplo (BRASIL, 2006).

A seguir, listamos as escalas e testes que podem ser utilizadas neste estudo:

  • Mini exame do estado mental (Meem): é simples, rápido e de baixo custo, além de ser adequado à realidade brasileira. Escores muito baixos sugerem encaminhamento para avaliação específica. Clique aqui para ver a interpretação.

  • Desenho do relógio: consiste em solicitar que o paciente desenhe um relógio com números (ainda sem os ponteiros) e, em seguida, dizer-lhe um horário específico para que desenhe os ponteiros marcando as horas. É um teste confiável para rastrear lesões cerebrais.

  • Teste de fluência verbal por categorias semânticas: consiste em solicitar que o idoso diga o maior número de animais em um minuto. Espera-se que diga entre 14 e 15 nomes de animais. Pacientes com demência ou depressão, por exemplo, tendem a obter escores baixos, mas com características diferentes: na demência, o paciente costuma parar de responder aos 20 segundos de exame.

  • Questionário de Pfeffer: é composto por 11 questões sobre a capacidade de desempenhar funções. As respostas recebem pontuações, conforme o quadro. Escores > 6 devem chamar a atenção e, se associados a outros testes de função cognitiva alterados, indica encaminhamento para avaliação neurológica mais aprofundada (BRASIL, 2007). Clique na imagem ao lado.