Na nefropatia diabética, a restrição proteica com 0,6 g/kg/dia retarda o ritmo de progressão da doença, particularmente nos pacientes com diabete melito (DM) tipo 1 (HANSEN et al., 2002).
Proteínas
Mesmo havendo algumas incertezas quanto à quantidade de proteína a ser prescrita para os diferentes estágios da DRC, a maioria dos guias práticos e pesquisadores da área recomendam dietas que contenham entre 0,6 e 0,8 g/kg/dia, particularmente para pacientes nos estágios 3 a 5 (não dialítico) da DRC.
Para os estágios mais precoces da doença (1 e 2), recomenda-se uma dieta com quantidade normal de proteína. Conheça as principais limitações de dietas pobres em proteínas, clicando aqui.
Em nefropatia diabética, atente para a quantidade de proteína a ser ingerida por dia em cada caso (clique nos botões):
Como a equipe que assiste o doente renal pode estimar a ingestão de proteínas diárias de pacientes submetidos à restrição ou controle do consumo de proteínas?
0,6 g/kg/dia
Na nefropatia diabética, a restrição proteica com 0,6 g/kg/dia retarda o ritmo de progressão da doença, particularmente nos pacientes com diabete melito (DM) tipo 1 (HANSEN et al., 2002).
0,8 g/kg/dia
No entanto, para pacientes com controle inadequado do diabete, a quantidade de proteínas pode ser um pouco mais elevada (0,8 g/kg/dia), a fim de compensar o aumento do catabolismo proteico muscular, resultante do descontrole glicêmico. Vale lembrar que, independentemente da quantidade, ao menos 50% do total de proteína da dieta deve ser de alto valor biológico, geralmente com alimentos proteicos de origem animal.
0,3 g/kg/dia
Outra opção de dieta para pacientes com TFG inferior a 30 mL/min é a dieta muito hipoproteica, contendo 0,3 g de proteína/kg/dia, suplementada com uma mistura de cetoácidos e aminoácidos essenciais. Os cetoácidos são análogos de aminoácidos essenciais sem o nitrogênio (CUPPARI; AVESANI; KAMIMURA, 2013).
Referências
CUPPARI; AVESANI; KAMIMURA. M.A. Nutrição na doença renal crônica. São Paulo: Manole, 2013.
MASUD, T.; MITCH, W.E. Requirements for protein, calories, and fat in the predialysis patient. In: MITCH, W.E.; IKIZLER, T.A. Handbook of nutrition and the kidney. 6. ed. Filadélfia: Lipincott Williams & Wilkins, 2009.
HANSEN, H.P. et al. Effect of dietary protein restriction on prognosis in patients with diabetic nephropathy. Kidney Int, v. 62, p. 220-228, 2002.
FEITEN, S.F.; DRAIBE, S.A.; CUPPARI, L. Dieta hipoprotéica suplementada com cetoácidos em pacientes com insuficiência renal crônica. Nutrire Rev Soc Bras Alim Nutr, v. 26, p. 91-107, 2003.
Dietas pobres em proteínas
Os maiores limitantes das dietas muito pobres em proteína são a dificuldade de aderência, pois os alimentos fontes de proteína de origem animal são praticamente excluídos e o indivíduo deve seguir uma dieta vegetariana controlada. Além disso, há o alto custo do suplemento (cetoácidos) e o grande número de comprimidos que devem ser ingeridos diariamente (CUPPARI; AVESANI; KAMIMURA, 2013; FEITEN et al., 2003).