Recomendações nutricionais na DRC não dialítica

Cálcio, fósforo e vitamina D

Com a redução da função renal, ocorre hiperfosfatemia , hipocalcemia e déficit de calcitriol. Esses distúrbios contribuem para o desenvolvimento do hiperparatireoidismo secundário. A hipocalcemia ocorre principalmente pela menor absorção intestinal de cálcio, consequente à diminuição na síntese renal de calcitriol (CUPPARI; AVESANI; KAMIMURA, 2013).

Clique nas numerações para entender mais sobre estes elementos na dieta de um paciente com DRC:

  • Tem sido recomendado que o consumo de cálcio (alimentação + quelantes) não seja superior a 2000 mg/dia.

  • Com relação ao fósforo, a Diretriz Brasileira de Prática Clínica para o Distúrbio Mineral e Ósseo na DRC recomenda que a ingestão de fósforo nos estágios 3 e 4 da DRC não exceda 700 mg/dia, que é o valor recomendado para indivíduos adultos saudáveis (CARVALHO; CUPPARI, 2011).

  • Considerando a elevada prevalência de hipovitaminose D na DRC e os efeitos benéficos da restauração do estado nutricional de vitamina D nessa população, o NKF/KDOQI recomenda a suplementação com ergocalciferol para pacientes com DRC na fase não dialítica.

  • Já o KDIGO indica a suplementação com vitamina D (ergocalciferol ou colecalciferol) para todos os pacientes com DRC a partir do estágio 3, incluindo aqueles em terapia dialítica (NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2003; MOE et al., 2009).

    Sobre as recomendações a respeito dos carboidratos e lipídios, clique aqui.