Esta é uma fase em que os membros vivenciam sentimentos de choque e incertezas, além de envolver a aprendizagem de algumas tarefas práticas como lidar com a dor, a incapacitação, o ambiente hospitalar, os procedimentos terapêuticos etc.
Rolland (2001) destaca a importância da interação entre a fase do diagnóstico de uma doença grave e o ciclo de vida familiar, cujos efeitos, provenientes da constatação de uma doença em um membro, não agem somente sobre o enfermo, mas atingem todo o sistema familiar.
O autor supracitado distingue três fases psicossociais das doenças crônicas que podem ser identificadas e facilitar a compreensão das reações comportamentais do grupo familiar. Clique nas caixas de texto abaixo:
Nas próximas páginas, apresentaremos com maior profundidade as características de cada uma dessas fases.
Fase de crise
Esta é uma fase em que os membros vivenciam sentimentos de choque e incertezas, além de envolver a aprendizagem de algumas tarefas práticas como lidar com a dor, a incapacitação, o ambiente hospitalar, os procedimentos terapêuticos etc.
Fase crônica
Essa fase pode ser um período longo, como uma doença estável, ou pode ser curto, como um distúrbio agudo e fatal. A fase caracteriza-se como o momento de conviver com a doença, sendo marcado pela sua constância ou progressão e pode abranger a morte ou a sobrevivência do paciente. Normalmente, a família e o paciente desenvolvem um modus operandi por conta das mudanças que a doença crônica provoca no grupo familiar.
Fase Terminal
É a última fase psicossocial da doença crônica, quando a morte já é algo inevitável. Os familiares precisam aprender a lidar com a morte iminente e ajudar o paciente a expressar seus sentimentos e desejos. Esta fase abrange os períodos de luto, resolução da perda e retomada das atividades habituais presentes antes do surgimento da doença.
Observação
Cada uma dessas fases tem suas próprias características, as quais requerem atitudes e mudanças familiares distintas, além de estabelecerem ligação entre o biológico e o psicossocial. Essa conexão propicia uma maior compreensão sobre a doença e uma redução do nível de tensão, quando a família passa a ter mais conhecimento sobre o problema.
Referências
ROLLAND, J.S. Doença crônica e o ciclo de vida familiar. In: CARTER,B.; Mc GOLDRICK,M. (orgs.) As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.