A obesidade associa-se a mudanças na hemodinâmica intraglomerular, conferindo hiperfiltração e aumento de albuminúria, podendo ser reversível com a perda de peso.
Combate à obesidade e sobrepeso
A obesidade está ligada à resistência insulínica, síndrome metabólica e hipertensão arterial, conferindo aumento do risco cardiovascular. Estudos comprovam associação entre glomeruloesclerose e obesidade. Clique nas imagens para compreender melhor as implicações da obesidade para a DRC.
O papel da ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona no indivíduo obeso parece ser um dos mais importantes, favorecendo aumento de reabsorção tubular de sódio, prejuízo na natriurese pressórica e consequentemente expansão de volume intravascular e hipertensão arterial.
Outro importante mecanismo seria a lipotoxicidade causada por ácidos graxos livres, favorecendo lesão tubulointerticial (THETHI; KAMIYAMA; KOBORI, 2012).
Hemodinâmica intraglomerular
A obesidade associa-se a mudanças na hemodinâmica intraglomerular, conferindo hiperfiltração e aumento de albuminúria, podendo ser reversível com a perda de peso.
Lesões patológicas
Entretanto, algumas lesões patológicas podem surgir como expansão mesangial, lesão de podócitos, glomerulomegalia e glomeruloesclerose, favorecendo tanto o aparecimento de lesão renal quanto a progressão da DRC.
Obesidade
Deste modo, a presença de obesidade amplifica o risco e as consequências de DRC em pacientes diabéticos, hipertensos, com síndrome metabólica e doença cardiovascular (EKNOYAN, 2011).
Estudos experimentais e clínicos
Estudos experimentais e clínicos associam o papel dos adipócitos especialmente viscerais na liberação de substâncias vasoativas que levariam à lesão renal (HURLEY et al., 2010).
Atenção
Deve-se ter por meta alcançar índice de massa corpórea (IMC) de 18,5 a 24,9kg/m² e circunferência da cintura (CC) < 102 cm para homens e < 88 cm para mulheres. Encorajar prática de exercícios por pelo menos 30 a 60 minutos, três a cinco vezes por semana, em pacientes sem contraindicações médicas (BASTOS et al., 2010; KIRSZTAJN et al., 2011).
Referências
BASTOS, M.G; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G.M. Doença Renal Crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Rev Assoc Med Bras, v. 56, n. 2, p. 248-53, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/... Acesso em 22 jun. 2018.
EKNOYAN, G. Obesity and chronic kidney disease. Nefrologia, v. 31, n. 4, p. 397-403, 2011. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/... Acesso em 22 jun. 2018.
HUNLEY, E. et al. Scope and mechanisms of obesity-related renal disease. Curr Opin Nephrol Hypertens., v. 19, n. 3, p. 227-234, mayo. 2010. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/... Acesso em 22 jun. 2018.
KIRSZTAJN, G.M. et al. Projeto Diretrizes: Doença Renal Crônica: pré-terapia renal substitutiva. Sociedade Brasileira de Nefrologia, Associação Brasileira de Nutrologia, 2011. Disponível em: https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/doenca_renal.pdf. Acesso em 22 jun. 2018.
THETHI, T.; KAMIYAMA, M.; KOBORI, H. Curr Hypertens Rep., v.14, n. 2, p. 160–169, apr. 2012. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/... Acesso em 22 jun. 2018.