Rupturas de grandes proporções nos laços familiares comumente são geradas por instabilidade e alterações desencadeadas pelo distanciamento familiar, bem como por mudanças na sua dinâmica e nos papéis sociais.
Diante da situação de crise vivenciada pela família, Pettengill e Angelo (2005) apontam para o conceito de vulnerabilidade familiar. Clique na numeração para conhecer mais sobre esse conceito:
Rolland (2001) enfatiza que para uma melhor compreensão das reações emocionais da família, torna-se importante considerar o nível de ajustamento psicológico dos pais anteriormente à doença. Clique nos números para acessar o conteúdo:
Instabilidade emocional
Rupturas de grandes proporções nos laços familiares comumente são geradas por instabilidade e alterações desencadeadas pelo distanciamento familiar, bem como por mudanças na sua dinâmica e nos papéis sociais.
Superproteção dos pais com os filhos doentes
Os pais encontram-se penalizados diante do sofrimento do filho e, na tentativa de amenizar sentimentos como impotência e culpa, passam a tratá-lo de forma diferente, seja tolhendo sua liberdade de brincar ou sair de casa, seja permitindo o relaxamento de suas atividades escolares ou mesmo omitindo castigos, ou, ainda, aumentando os mimos com a criança (CAMPOS, 2006).
Acolhimento da família pelo profissional de saúde
O papel do profissional de saúde, independentemente de sua função específica, é, na medida do possível, informar e acolher a família de forma que os seus membros não se sintam sozinhos. A ausência de uma causa definida ou informações obscuras podem gerar fortes sentimentos de culpa em relação ao surgimento da doença e prejudicar os cuidados com o filho.
Impactos na criança e adolescente
O impacto de uma doença crônica na criança ou adolescente pode provocar necessidades adaptativas na dinâmica familiar. Tais adaptações podem ser de ordem social, material ou emocional e estão diretamente associadas à fase do ciclo vital, aos recursos disponíveis pela família para o enfrentamento, bem como à importância e à compreensão que se tem acerca do fato (SILVA et al., 2014).
Referências
CAMPOS, E. M. P. INFÂNCIA E FAMÍLIA. In: Julio de Mello Filho; Mirian Burd. (Org.). Doença e Família. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, v. 2º, p. 207-218.
DANIEL, Linda. Vulnerability as a key to authenticity. Journal of Nursing Scholarship, v. 30, n. 2, p. 191-192, 1998. Disponível em: https://sigmapubs.onlinelibrary.wiley.com/... Acesso em 20 de agosto 2018.
PETTENGILL, Myriam; ANGELO, Margareth. Vulnerabilidade da família: desenvolvimento do conceito. Revista Latino Americana de Enfermagem, v. 13, n. 6, p. 982-988, nov./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/... Acesso em 20 de agosto 2018.
ROLLAND, J.S. Doença crônica e o ciclo de vida familiar. In: CARTER,B.; Mc GOLDRICK,M. (orgs.) As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
SILVA, M. J. da; VICTOR , J. F.; MOTA, F. R. do N.; SOARES, E. S.; LEITE, B. M. B.; OLIVEIRA, E. T. Análise das propriedades psicométricas do APGAR de família com idosos do nordeste brasileiro. Esc. Anna Nery [online]. vol.18, n.3, pp. 527-532. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/... Acesso em 20 de agosto 2018.