A pessoa usuária de álcool pode passar por diferentes estágios motivacionais, e, para cada estágio, há um tipo de abordagem possível. Clique nos botões abaixo e conheça os estágios da motivação.
1ª Fase: PRÉ-CONTEMPLAÇÃO
O sujeito não identifica que está com problema A maioria das pessoas atendidas na Atenção Primária está neste estágio, ou seja, não está pensando na possibilidade de mudança no momento do atendimento. Os indivíduos não estão dispostos a mudar o comportamento, porém estão abertos a receber informações sobre o risco associado ao seu nível e modo de consumo.
O que fazer?
● Fornecer informações pode encorajá-los a interromper ou diminuir o uso.
● Importância da aplicação de instrumentos (CAGE, AUDIT, ASSIST).
● Manter o VÍNCULO.
● Frequência e seguimento: atendimentos periódicos para avaliação.
2ª Fase: CONTEMPLAÇÃO
O sujeito identifica o problema, mas não quer mudar agora e apresenta um estado de AMBIVALÊNCIA, ou seja, ele tanto considera a necessidade de mudar seu comportamento, quanto a rejeita. Está pensando na possibilidade de diminuir ou interromper o uso. Nesta fase, o sujeito consegue perceber tanto as vantagens quanto as desvantagens do uso, além de ter certa consciência da relação entre seus problemas e o uso que faz da substância psicoativa.
Clique aqui e veja o que fazer nesta fase.
3ª fase: PREPARAÇÃO
O sujeito pensa em mudar e planeja. O sujeito reconhece o seu uso de drogas como sendo o causador de seus problemas e propõe a mudar seu comportamento, desenvolvendo um plano ou estratégias que o ajudem a colocar em prática esta mudança de comportamento.
O que fazer?
● Desenvolva, junto ao indivíduo, um plano para a mudança de comportamento.
● A partir da identificação das situações de risco para o uso de drogas, criar estratégias de enfrentamento das dificuldades.
● Pensar, junto ao indivíduo, nas situações de risco de recaída, para pensar em alternativas no comportamento.
● Frequência e seguimento: atendimentos frequentes a cada duas semanas, no máximo, e continue o seguimento.
4ª Fase: AÇÃO
O sujeito está motivado a tomar a atitude e efetuar a mudança. Nesta fase, o sujeito coloca em prática o que foi planejado para conseguir a mudança de comportamento.
O que fazer?
● Manter um forte vínculo porque nesta fase o indivíduo tem dúvidas se vai conseguir e precisa de apoio.
● Convidar a família.
● Considerar farmacoterapia e outros recursos.
● Valorize as pequenas mudanças e sucessos conseguidos. Comemore!
● Frequência e seguimento: atendimento semanal por meses, até que se tenha estabilidade na interrupção do uso (ou até que o uso passe a não trazer prejuízos ou se interrompa).
5ª Fase: MANUTENÇÃO
Manter a motivação para que não haja recaída. Nesta fase, o desafio é manter a mudança obtida e evitar recaídas. O indivíduo necessita ser encorajado e reforçado. Lembre-se que realizar uma mudança não garante que ela seja mantida. Nunca considere a recaída como um fracasso e ajude seu paciente a não sentir-se assim também.
O que fazer?
● Fortaleça e encoraje o paciente, elogiando o sucesso da mudança de comportamento.
● Encaminhar para os grupos de autoajuda ou outros grupos que façam sentido na vida da pessoa.
● Reavaliar a farmacoterapia e avaliação bioquímica.
● Reforçar as estratégias para evitar as situações de risco de recaída. Se necessário, reformule as estratégias.
● Ajude-o a se recuperar de uma pequena recaída.
● Frequência e seguimento: inicialmente mensal, antecipando, se necessário.