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As formas de transmissão da sífilis

A infecção pelo agente causador da sífilis por transmissão sexual é maior nos estágios iniciais (primária, secundária e latente recente), em torno de 60% dos casos, reduzindo gradativamente com o passar do tempo (latente tardia e terciária).

Essa maior transmissibilidade ocorre pelo alto poder de multiplicação da bactéria e pela riqueza dessas bactérias nas lesões, comuns nesse período. Essas lesões são raras ou inexistentes por volta do segundo ano de doença, diminuindo então a transmissão (BRASIL, 2015).

Vale acrescentar que em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o feto (transmissão vertical), com mais frequência intraútero, apesar de também ser possível sua ocorrência durante o parto normal, na passagem pelo canal vaginal.

A probabilidade da infecção do feto depende do estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição fetal. Portanto, a transmissão é maior quando a mulher apresenta sífilis primária ou secundária durante a gestação.

Agora, clique nos botões abaixo para ver algumas informações sobre a prevenção e o tratamento da transmissão vertical da sífilis:

Nas campanhas e outras iniciativas do Ministério da Saúde, a redução das taxas de transmissão vertical da sífilis tem representado um grande desafio para a saúde pública no Brasil. Isso se justifica pelo fato da transmissão vertical da sífilis ser um dos indicadores pactuados da qualidade da assistência pré-natal, visto que o seu diagnóstico e tratamento adequado durante a gravidez são eficazes na eliminação da sífilis congênita. Um ponto importante é que o início do pré-natal não deve ser tardio, porque a prevenção da transmissão da sífilis só é garantida quando o tratamento termina até um mês antes do nascimento do bebê (NERY et al., 2005).

Reiterando, o tratamento da sífilis em gestantes tem alta taxa de sucesso, uma vez que é relativamente simples e a prevenção da sua transmissão para o recém-nascido é 100% eficaz mediante a administração medicação correta, que envolve a penicilina benzatina.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.124 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/.... Acesso em: 12 abr. 2017.
NERY, J.A.C. et al. Doenças Sexualmente Transmissíveis. In: COURA, J.R. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2005.