Introdução
As leishmanioses são doenças infecciosas de causa parasitária. Trata-se de um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae. Divide-se em dois tipos:
Leishmaniose tegumentar americana
Responsável por afecções na pele e mucosas.
Compromete os órgãos internos (VILELA; MENDONÇA, 2013).
Atualmente estão na lista das doenças tropicais mais negligenciadas no mundo por acometer a população mais vulnerável economicamente e socialmente, pela falta de investimentos no desenvolvimento de novas tecnologias farmacêuticas e de medidas de controle eficazes (CONITEC, 2016). Clique nos números para saber mais:
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de caráter zoonótico que pode acometer o homem e outras espécies de mamíferos, tendo como principal agente etiológico a Leishmania infantum e como principal transmissor o inseto hematófago da espécie Lutzomyia longipalpis e Lu. cruzi.
É potencialmente fatal, pois invade as células do hospedeiro, causando inicialmente hiperplasia celular com aumento de volume de órgãos e comprometimento funcional do sistema linfocítico e hematopoiético (LISBOA et al., 2016; SILVA et al., 2016).
Acomete mais de 300 milhões de pessoas que vivem em áreas de risco entre os 88 países com casos suspeitos ou confirmados, dos quais 72 são classificados como países em desenvolvimento. O Brasil é um dos seis países com maior número de casos de LV no mundo e o maior da América Latina (LISBOA et al., 2016).
É uma doença crônica grave se não tratada de forma oportuna e adequada. Assim, é tarefa dos diferentes atores na área da saúde reconhecer e tratar essa doença, evitando assim sofrimento com sequelas e mortes dos indivíduos acometidos.