Tratamento da leishmaniose visceral em humanos

Anfotericina B

A anfotericina B deve ser utilizada nos casos de resposta insatisfatória aos antimoniais. O fármaco possui duas apresentações: desoxicolato e lipossomal. Clique nos números abaixo e saiba mais sobre essas formas de apresentação.

A diferença entre as duas formas de apresentação é na toxicidade, tempo de tratamento e preço. A anfotericina B lipossomal encurta o tratamento em menos da metade do tempo, é menos tóxica e custa mais do triplo que a desoxicolato (BRASIL, 2011).

A anfotericina B lipossomal é o medicamento de escolha para casos graves de LV, assim como para as grávidas. Desde maio de 2014 o Ministério da Saúde estendeu o uso da anfotericina B lipossomal para os demais pacientes com LV. Com isto, a apresentação desoxicolato deixou de ser recomendada para esta doença.

Diferentemente do Glucantime®, que pode ser administrado de forma ambulatorial, o uso da anfotericina demanda a internação do paciente. A aplicação da anfotericina B é intravenosa em infusão lenta de 4 – 6 horas e o tratamento dura entre 5 - 7 dias (BRASIL, 2016).

Sua principal toxicidade é a renal (queda da função renal) e hipocalemia, que pode levar a arritmias cardíacas. Efeitos adversos menos comuns são: febre, alergia, náuseas, vômitos, tremores, calafrios e dor lombar durante a infusão; assim como hipomagnesemia.