SZWARCWALD, C. L. et al. Estimação da mortalidade infantil no Brasil: o que dizem as informações sobre óbitos e nascimentos do Ministério da Saúde? Cad. Saude Publica, v. 18, n. 6, p. 1725–1736, 2002.
Vulnerabilidade e mortalidade infantil
Segundo dados do UNICEF representados no gráfico a seguir, quando comparamos estes três países ao longo dos anos observa-se que a Argentina acelerou a redução da mortalidade infantil de forma mais acentuada a partir dos anos 80, o Chile, ao longo de todo o período, enquanto o Brasil apenas após os anos 2000.
A manutenção da alta taxa de mortalidade infantil no Brasil ao longo dos anos está fortemente relacionada às disparidades sociais no país. Clique no gráfico ao lado para visualizar o panorama da taxa de mortalidade infantil no Brasil, Argentina e Chile, de 1960 a 2013.
Por décadas, foram observadas significativas desigualdades entre as regiões brasileiras, sendo mais pronunciadas nas regiões menos desenvolvidas – Nordeste e Norte.
Há vários fatores que propiciam a manutenção da alta taxa de mortalidade infantil no país e nessas regiões, destacando-se aqueles relacionados à falta de acesso a bens, serviços médicos-sanitários e de renda (SZWARCWALD et al., 2002).