Bebê que não suga/sucção fraca
Orientar a ordenha (no mínimo cinco vezes ao dia) para garantir a continuidade da produção do leite; suspender o uso de chupeta ou mamadeira; estimular o bebê introduzindo o dedo mínimo na sua boca, com a ponta tocando a junção do palato duro e o mole; oferecer o leite ordenhado em colher ou copo; atentar para o ganho de peso do recém-nascido.
Atenção: crianças prematuras e com malformações orofaciais podem ter mais dificuldade inicial, porém não há contraindicação.
Demora na apojadura ou “descida do leite”
Orientar que normalmente ocorre em 30 horas após o parto, podendo se estender este tempo no parto cesárea; estimular a autoconfiança da mãe; orientar medidas de estímulos como a sucção frequente do bebê e a ordenha; a nutrição suplementar do RN (translactação) pode ser realizada por meio de uma sonda fixada junto ao mamilo, para continuar estimulando a mama.
Mamilos planos ou invertidos
Orientar que esta condição pode dificultar, mas não impedir a amamentação, pois o bebê faz o “bico” com a aréola; promover a confiança para mãe; ajudar o bebê a abocanhar o mamilo e parte da aréola; tentar diferentes posições para escolher a melhor; ensinar manobras que auxiliam a aumentar os mamilos, como compressas frias e sucção por 30 a 60 segundos, com bomba manual ou seringa de 10 ou 20 ml cortada na parte estreita e com o êmbolo inserido na extremidade cortada; manter a ordenha para garantir a produção do leite e oferecer em copinho para a criança.
Ingurgitamento mamário “leite empedrado”
Ordenha manual antes da mamada; massagens delicadas, com movimentos circulares; mamadas frequentes, sem horários preestabelecidos; uso de sutiã com alças largas e firmes; compressas frias de, no máximo, 20 minutos entre as mamadas; se necessário, uso de analgésico: dipirona, 500 mg, VO, 6/6 horas, se dor; paracetamol 500 mg, VO, 6/6 horas, se dor.
Dor dos mamilos/ fissuras
Orientar posicionamento e pega correta, que normalmente são as causas do problema; manter os mamilos secos, banho de sol e trocas frequentes dos forros úmidos; não utilizar produtos como sabão, álcool, pomada, creme ou outro produto secante; introduzir o dedo mínimo pelo canto da boca do bebê para a sucção ser interrompida antes de a criança ser retirada do seio; ordenhar manualmente antes da mamada; passar o leite do final das mamadas nas lesões.
Candidíase (monilíase)
Avaliar o problema na mãe e no bebê, que devem ser tratados simultaneamente. Manifesta-se por coceira, sensação de queimadura e dor em agulhadas nos mamilos, aréolas e mamilos avermelhadas, brilhante com fina descamação; na criança, aparecem placas brancas na região oral; o tratamento inicial da mãe é tópico, após cada mamada, com nistatina, clotrimazol, miconazol, ou cetoconazol, por 14 dias; orientar manter os mamilos secos, expor à luz alguns minutos no dia; chupetas são fontes importantes de reinfecção.
Caso o tratamento não seja eficaz encaminhar ao médico.
Reflexo de ejeção do leite exagerado
Orientar a ordenha antes de cada mamada;
Estimular a doação de leite materno.
Mastite
Identificar a condição geralmente caracterizada por: mama dolorosa, hiperemiada, quente e edemaciada. Trata-se de processo inflamatório de um ou mais segmento da mama, pode ou não progredir para infecção bacteriana. A prevenção é semelhante ao ingurgitamento mamário e fissuras; não suspender o aleitamento; esvaziar adequadamente as mamas, caso não ocorra na mamada, realizar a ordenha manual; oferecer suporte emocional, repouso da mãe, líquidos abundantes, iniciar amamentação na mama não afetada. Se ocorrer dor ou febre, orientar dipirona, 500-1.000 mg, VO, 6/6 horas, OU paracetamol, 500-750 mg, VO, 6/6 horas, OU ibuprofeno, 300-600 mg, 6/6 horas.
Atenção: caso não haja regressão do quadro com o tratamento em 48 horas, considerar a possibilidade de abscesso e encaminhar ao médico.